KCNY e câmbio
Durante esta semana o mercado marcou um range de 1850 pontos. As preocupações com a oferta no âmbito mundial seguem em grande relevância, a mínima desta semana foi levemente abaixo da marca dos US$ 3,20 e sua máxima foi registrada nesta quinta-feira (19) a 335,50 cents/lb.
Além das preocupações com o prejuízo do potencial produtivo, esta semana muitas atenções estavam voltadas às decisões de política monetária americana, gerando movimentações especulativas em diversos mercados. Na quarta-feira (18), o FED cortou em 0,25 pontos percentuais a taxa de juros americana, ficando agora entre 4,25% e 4,5%. Após os eventos semanais registrados o mercado ajustou nessa sexta-feira (20) em US$ 325,00 cents/lb, representando uma variação de 1,72% ante o ajuste de semana passada.
Evolução das cotações do vencimento março/25 desde 01/01/24. Fonte: Barchart.
No âmbito do dólar, a semana foi marcada novamente pelos leilões do Banco Central. A dificuldade de aprovação no andamento das negociações das medidas de Contenção de Gastos no Congresso tem causado ainda mais preocupações com o fiscal brasileiro. Além disso, as falas do presidente ao Fantástico demonstram desalinhamento desconfortável entre Lula e a condução da política monetária.
Durante essa semana o dólar bateu sua maior cotação nominal histórica à R$ 6,2702. Em coletiva de imprensa, o presidente do Banco central comentou que os leilões feitos durante as últimas duas semanas não possuem objetivo de estabelecer preço para o dólar, mas sim garantir um certo equilíbrio. Desde a última quinta-feira (12/12), as ofertas de dólares via leilões já superaram U$ 27,76 bilhões.
A Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) divulgou na sexta-feira passada (13) o relatório com posicionamento de Traders no mercado, referente à semana encerrada na terça (10) relatando um aumento em suas posições compradas em 203 contratos, resultando em um saldo de 39.247 contratos comprados.
Os estoques certificados encerraram essa sexta-feira (20) totalizando 985.990 sacas de 60kgs, destas sendo 619.302 sacas de origem brasileira, com 38.674 sacas pendentes de aprovação. Esse volume representa um aumento de 45.564 sacas nos últimos 7 dias.
Março/25: Mín: 317,00 | Máx: 335,50 | Último: 325,00
BRL/USD: Mín: 6,0249 | Máx: 6,2702 | Último: 6,0704
*Dados até a finalização deste relatório
CLIMA
O verão terá início no dia 21 de dezembro, às 6h20, e se estenderá até 20 de março. Com as temperaturas dos oceanos acima da média, os modelos climáticos indicam uma probabilidade elevada de chuvas superiores aos padrões históricos em todas as regiões produtoras de café ao longo da estação.
Uma frente fria prevista para chegar ao Sudeste neste sábado deve permanecer estacionária sobre Minas Gerais entre os dias 22 e 25 de dezembro, trazendo a possibilidade de chuvas abrangendo todas as áreas cafeeiras.
Previsão de chuvas para a semana:
Região Sul de Minas: entre 90 e 110 mm.
Região Zona da Mata: entre 90 e 110 mm.
Região do Cerrado: entre 70 e 80 mm.
Região Alta Mogiana: entre 30 e 40 mm.
Região do Garça: entre 30 e 40 mm.
MERCADO DOMÉSTICO E FOB
Com a aproximação do final do ano, as atividades no mercado interno seguem em ritmo reduzido. Produtores estão com apetite reduzido para negociações e compradores realizam coberturas pontuais. No FOB, devido a extrema volatilidade de NY e de diferenciais, os exportadores estão cautelosos e compradores também buscam ofertas para embarques de curto prazo, sem posições maiores, aguardando um mercado em NY ICE melhor e diferenciais mais atraentes no primeiro semestre de 2025.
No mercado interno, as pedidas dos vendedores são como abaixo:
- Bebida dura bica good cup foi cotado entre R$2.200,00 e R$2.300,00 a depender da bebida e cata.
- Bebida dura bica fine cup chegou a ser cotado a R$2.500,00;
- Rio Minas bica corrida na casa de R$1.950,00;
- 600 defeitos ficou na casa de R$2.200,00, sem apetite por parte dos compradores.
LOGÍSTICA
- O TCU apontou indícios de cobranças abusivas em portos e terminais relacionadas à sobre-estadia de contêineres e determinou que a Antaq desenvolva, até janeiro, um plano de ação para tornar a metodologia das cobranças mais transparente. (Fonte: Poder 360)
- O Brasil enfrenta desafios como problemas de infraestrutura, gargalos nos acessos e impactos na competitividade marítima, prejudicando sua relevância no comércio internacional. O CEO do Porto Itapoá (SC), Ricardo Arten, destacou a urgência de investimentos em capacidade logística para atender à demanda crescente. (Fonte: A Tribuna)
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