Com a chegada do outono, inicia-se um período de grande atenção na cafeicultura. A queda das temperaturas e a diminuição das chuvas marcam a fase final de maturação dos grãos e exigem ajustes nas práticas agrícolas para garantir uma colheita de alta qualidade. No entanto, este ano, o cenário climático traz desafios ainda mais intensos devido ao aumento global das temperaturas, que impactam diretamente a produção.
O impacto climático na lavoura de café
O outono marca a transição entre o verão e o inverno, trazendo a redução das chuvas e as variações de temperatura, o que aumenta o risco de estresse hídrico, tornando o manejo da água ainda mais essencial. Além disso, essas condições favorecem a proliferação de pragas, como a broca-do-café, e o surgimento de doenças fúngicas, como a ferrugem do café. Por isso, o controle de pragas e doenças se torna uma prioridade para proteger a produção e garantir a qualidade dos grãos.
Neste ano, porém, os desafios vão além do esperado. As lavouras enfrentarão os impactos de um clima cada vez mais instável, reflexo direto das mudanças climáticas em curso. A chegada do fenômeno La Niña poderia amenizar alguns efeitos, mas, segundo a Organização Mundial de Meteorologia (OMM), não será suficiente para reverter o impacto do aquecimento global. O verão de 2025 no Brasil já deu sinais dessa tendência, sendo o segundo mais quente já registrado, com temperaturas médias entre dezembro e fevereiro 0,73°C acima da climatologia histórica, segundo dados da Climatempo.
Superando os desafios do outono
Para enfrentar os desafios impostos pelo outono e as condições climáticas, é fundamental adotar estratégias integradas:
- Gestão da água: A escassez de água exige o uso otimizado dos recursos hídricos. Técnicas de irrigação eficiente, como o gotejamento, são fundamentais para fornecer a quantidade necessária sem desperdício. O monitoramento constante da umidade do solo também é crucial para evitar o estresse hídrico.
- Monitoramento Tecnológico: O uso de sensores e tecnologias digitais permite o monitoramento constante da lavoura, com foco em condições climáticas, nível de chuva e saúde das plantas. Esse monitoramento direcionado possibilita respostas rápidas a problemas como a falta de água, o surgimento de pragas ou doenças, e as variações climáticas. Com esses dados em tempo real, os produtores podem tomar decisões mais assertivas, otimizando recursos e garantindo maior qualidade na colheita.
- Controle sustentável de pragas e doenças: Soluções biológicas e práticas como rotação de culturas e aplicação de biofertilizantes ajudam a manter as lavouras saudáveis e minimizam o uso de defensivos químicos, alinhando-se a uma produção mais sustentável.
- Adaptação às condições climáticas extremas: Investir em práticas agrícolas como o plantio de árvores nativas para sombreamento, o uso de coberturas vegetais e técnicas de manejo para retenção de água no solo pode reduzir o impacto do estresse térmico, melhorar a retenção de água e ajudar a manter a estabilidade da produção.
- Planejamento a longo prazo: A manutenção do solo e o uso de fertilizantes orgânicos preparam a lavoura para os desafios do próximo ciclo. Esses cuidados não apenas contribuem para a saúde da planta, mas também promovem a sustentabilidade da produção a longo prazo.
O papel da Atlantica Coffee no apoio ao produtor
A Atlantica Coffee atua ao lado dos produtores para enfrentar os desafios impostos pelas variações climáticas, oferecendo diretrizes estratégicas e informações confiáveis que fortalecem a tomada de decisão. Por meio de orientações, promovemos práticas eficientes, contribuindo para a saúde e o equilíbrio da lavoura.
Nosso compromisso vai além da comercialização: buscamos fortalecer a resiliência do setor, incentivando soluções sustentáveis que garantem a continuidade da cafeicultura e o desenvolvimento dos produtores.