Com o crescente foco em práticas sustentáveis na indústria cafeeira, a rastreabilidade do café emergiu como uma ferramenta essencial para garantir a transparência e a responsabilidade em toda a cadeia de produção. Essa tendência reflete a demanda crescente por escolhas de consumo mais conscientes e informadas, tanto por parte dos consumidores quanto dos produtores.
A rastreabilidade não só conecta os consumidores à história e práticas dos produtores, como também fortalece a sustentabilidade e a governança ambiental e social (ESG) no setor. Em um país como o Brasil, que possui diversas regiões com indicações geográficas e denominações de origem, a rastreabilidade destaca ainda mais a singularidade e a qualidade do café brasileiro, agregando valor e confiança ao produto.
Atenta a essa demanda, a rastreabilidade sempre foi uma realidade para os cafés exportados pela Atlantica Coffee, assegurando suas origens e trazendo a valorização de quem produz.
Por que a rastreabilidade é importante?
A rastreabilidade traz para o comprador transparência, proximidade com o a história do produtor e sustentabilidade, atendendo às crescentes demandas por escolhas informadas e confiáveis.
Já para o produtor, a rastreabilidade é crucial para a preservação e valorização de seu trabalho, permitindo comprovar as boas práticas agrícolas, contar a própria história e obter certificações.
A ação consiste em documentar todo o processo, identificando assim cada etapa que vai da produção a comercialização. Mais do que nunca, a rastreabilidade tem a missão de oferecer uma visão clara da jornada de produção e beneficiamento, proporcionando transparência e segurança.
Em um país com dimensões continentais como o Brasil, é relevante destacar que a rastreabilidade traz ainda mais história para áreas com Indicação Geográfica (IG) e Denominação de Origem (DO). Os dois selos garantem ao consumidor final que ele está comprando um produto com características que se encontram apenas naqueles locais.
Atualmente, o Brasil tem oficialmente 35 regiões produtoras de café. Deste montante, em 15 regiões já é possível encontrar café com origem controlada. O café é o produto com mais indicação de IG no Brasil. Já a Denominação de Origem está comprovada em cinco regiões, sendo elas: Cerrado Mineiro, Mantiqueira de Minas, Caparaó, Montanhas do Espírito Santo e Matas de Rondônia.
Como a rastreabilidade é feita?
É importante destacar que o processo de rastreabilidade só é possível a partir de uma gestão eficiente nas fazendas. Para garantir bons resultados, é necessário que o produtor faça anotações dos dados de todos os talhões, que são áreas específicas dentro de uma propriedade agrícola que são cultivadas de forma separada. Eles são geralmente definidos com base em diferentes características do solo, tipo de cultivo ou técnicas de manejo utilizadas.
Especialistas afirmam que também é importante que o produtor date as etapas do processo de produção e identifique quem realizou cada trabalho no campo.
A rastreabilidade continua também depois da colheita. Na fase de terreiro, é preciso anotar o tempo de permanência para secagem, processamento, rebeneficiamento, período de armazenamento, registrando toda a trajetória.
Rastreabilidade e ESG
Além dos fatores já mencionados, a rastreabilidade pode ser também um indicador importante de que determinada propriedade está atenta à sustentabilidade econômica, social e de governança (ESG).
No campo, as respostas são claras e evidentes. A manutenção de reservas ambientais, o cuidado com o solo e o uso inteligente dos recursos hídricos são medidas que no longo prazo trazem benefícios para o campo e para os trabalhadores.
Outro ponto importante da rastreabilidade é a comprovação de que os trabalhadores têm condições dignas de trabalho. No caso do Brasil, além das certificações, isso se comprova através do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que mostra que nos municípios produtores de café é considerado alto.
Certificações
A certificação é a garantia de que o café foi produzido atendendo às boas práticas agrícolas. Na Atlantica, temos um grupo de trabalho voltado para auxiliar os produtores na obtenção de certificações, contribuindo para uma cafeicultura que preserva o ecossistema como um todo.
Acreditamos que a organização, gestão, abertura de mercado e melhoria no preço pago ao produtor pelo café são algumas das vantagens de ser certificado.
A rastreabilidade abre portas
O processo de garantir que o torrefador e o consumidor final tenham em mãos as informações que demonstrem a qualidade e a procedência do produto é, além de tudo, um universo de oportunidades para o cafeicultor.
No campo, essas informações ajudam o produtor a identificar possíveis gargalos e ajustar as atividades, garantindo a qualidade da bebida e agregando valor final ao café.
No mundo dos negócios, o cafeicultor pode posicionar seu café como um produto mais competitivo e mostrar que está atento às demandas e exigências do mercado.
Já para o consumidor final, a rastreabilidade traz aproximação entre quem produz e quem consome esse café mundo afora, além de assegurar as práticas e a transparência em todo o processo, fatores que contribuem para uma cafeicultura mais responsável.