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KCNY e câmbio
Em uma semana de valorização, o mercado seguiu climático e o contrato C dezembro/21 fechou a semana a 192,20 USC/lb.
Com o dólar em queda e o real mais forte, a moeda brasileira operou a semana na casa dos R$5,20, dando suporte às cotações de café.
- Dezembro/21: Min: 180,00 | Max: 194,15 | Last: 192,20 USC/lb
- BRL/USD: Mín: 5,1900| Máx: 5.4016 | Last: 5.2041
- *Dados até a finalização deste relatório
CLIMA
- Uma massa de ar quente e seco trouxe dias de forte calor e baixos índices de umidade do ar em boa parte do Brasil;
- A ausência de precipitação, baixa umidade relativa do ar e elevadas temperaturas são condições favoráveis ao bicho mineiro, que causa desfolha nas plantas;
- Há previsão de baixo volume de chuvas dispersas nos próximos dias em áreas de São Paulo e Minas Gerais. Se confirmadas, podem desencadear a primeira florada de arábica da safra 22/23;
- As previsões de setembro são de chuvas mais significativas. Entretanto, segundo a SOMAR Meteorologia, as condições são de temperaturas acima da média nas regiões de arábica, o que é preocupante para as lavouras;
- Os produtores aguardam o retorno das chuvas para determinar a condução das lavouras, especialmente as afetadas pela geadas;
- Na Alta Mogiana nossos técnicos observaram sinais de falta d’água, como murchamento e seca das folhas, principalmente em lavouras jovens com menos de 5 anos.
MERCADO DOMÉSTICO e FOB
- Negócios esporádicos, com muito pouca movimentação. Há demanda do mercado externo, mas a oferta no mercado interno está curta e os preços de reposição descasados;
- Os preços no mercado interno permaneceram altos, com ofertas de bica corrida good cup entre R$1030 a 1050, fine cup R$ 1070 a 1100 e esporádicas ofertas de bica de Rio Minas 17/18, chegando a fechar a semana em torno dos R$1000;
- A safra 21/22 apesar de baixo volume, tem apresentado boa qualidade na bebida e oferta curta de Rio Minas. Quanto a granação, tem sido semelhante a de 2020;
- A dificuldade atípica de reposição no período de safra pode estar ligada a diversos fatores, como a safra 21/22 de bienalidade negativa e menor produção e o momento de cautela com negócios futuros, enquanto ainda é feita a avaliação dos impactos da seca e geada na próxima safra, entre outros;
- A colheita de arábica no Brasil caminha para o final, estimada em cerca de 90%. Há relatos de rendimento abaixo das médias dos últimos 6 anos.
LOGÍSTICA
Não há perspectiva de um cenário mais otimista em 2021 para a crise portuária mundial, que afeta as cadeias de suprimentos globais. As empresas de logística esperam que a situação se estenda até o primeiro trimestre de 2022. Destaques da semana:
- Os espaços em navios de setembro com destino EUA, Japão e Europa estão muito restritos e caros, sendo a maioria das reservas solicitadas confirmadas apenas para embarque de outubro em diante;
- A China suspendeu as medidas preventivas a Covid no terceiro porto mais movimentado do mundo, após paralisação de um terminal por duas semanas devido a um caso confirmado da doença. Em reflexo, outros portos na China congestionaram, agravando os problemas de embarques por falta de navio, contêineres e espaço no cais no mundo inteiro;
- Os efeitos do bloqueio por uma semana do canal de Suez em março deste ano ainda são sentidos na logística internacional;
- Muitas rolagens de navios, falta de contêineres com a MSC, Hapag-Lloyd e Hamburg Sud. Outros armadores apresentam estoque baixo de equipamentos;
- Enviar Shipping Instructions ao exportador em datas muito próximas ao embarque é muito arriscado para as resevas.
COVID-19 NO BRASIL
As médias móveis de casos e mortes apresentam estabilidade no Brasil. Jovens acima de 18 anos já estão sendo vacinados. Algumas cidades, como o Rio de Janeiro e São Paulo, passarão a exigir comprovante de vacinação para a entrada em alguns estabelecimentos. O ministério da saúde anunciou a aplicação da terceira dose a partir de 15 de setembro para alguns grupos de risco.
Pessoas que receberam a primeira dose: +127 mi (60,02% da população)
Pessoas totalmente vacinadas: +58.6 mi (27,7% da população)
Casos: + 20.67 milhões
Mortes: 577.605 mil