Nos últimos meses o Brasil tem enfrentado um cenário de extrema volatilidade climática, o qual tem deixado os cafeicultores em alerta. O país tem experimentado uma série de fenômenos, incluindo o calor intenso: estamos na terceira onda de calor em menos de 3 meses. Com isso, o alerta cresce para as plantações de café. Afinal, quais são os impactos do forte calor nas lavouras?
Onda de Calor e seus Impactos
Toda condição climática extrema pode causar estresse à planta do café. Temperaturas superiores a 33 graus Celsius durante a fase reprodutiva do café arábica podem levar ao estresse fisiológico nas plantas, resultando na perda de flores e frutos. Além disso, as altas temperaturas podem desidratar as gemas florais, afetando as futuras floradas. Contudo, a magnitude dos prejuízos está diretamente ligada à duração do calor intenso e ao padrão de chuvas subsequente.
É fundamental ressaltar que a atenção e a adoção de medidas adequadas por parte dos produtores são essenciais para mitigar os possíveis danos causados pelo calor e outros eventos climáticos extremos.
A influência do El Niño
As altas temperaturas vivenciadas neste ano tiveram como causa principal o fenômeno El Niño, que consiste no aumento da temperatura da água do mar na Costa do Peru e do Equador. Nos últimos 3 anos, o fenômeno La Niña estava atuando, isto é, a temperatura das águas do Pacífico ficaram abaixo da média. Portanto, as massas de ar polar chegaram com mais facilidade até a região Sudeste e as chuvas ficaram acima da média.
Além disso, o aquecimento global e as mudanças climáticas dele decorrentes têm feito com que os eventos atmosféricos extremos, como as ondas de calor intensas, sejam cada vez mais frequentes no planeta. Tais mudanças são o resultado direto das atividades humanas, como a emissão de gases poluentes, reforçando mais uma vez a importância de ações sustentáveis.
Em suma, as oscilações e intensificações climáticas são fatores que vêm desafiando significativamente a cafeicultura brasileira. Estar preparado para enfrentar esses desafios nem sempre é uma tarefa fácil, mas comprova a resiliência da cafeicultura, um dos setores mais importantes da economia brasileira.
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